Caturrita (Myiopsitta monachus) |
3 MINUTOS DE LEITURA
Dez meses se passaram desde a última publicação que fiz aqui no blog. De lá para cá percebi um aumento significativo nos acessos às matérias do site, como também nas redes sociais do Aves & Árvores.
A internet também tem seu tempo, especialmente quando se trata do chamado "tráfego orgânico", e creio que somente agora algumas matérias estão sendo mais encontradas nos buscadores, ou talvez esteja havendo um incremento de pessoas interessadas no contato com a natureza num mundo tecnológico cada vez mais em expansão e já quase plenamente dominado pela inteligência artificial.
Não é difícil notar que muito em breve os robôs dominarão também a escrita, se é que já não o fazem. De minha parte, ainda procuro cultivar o prazer da leitura e da escrita como uma forma de deleite pessoal e, no caso desse site, também com o propósito de semear a conscientização ambiental. No que depender de mim, o leitor pode estar certo de que por trás dessas letras há um ser humano de carne e osso que usa a razão, mas também a emoção, para se expressar.
Nos últimos meses estava sem muita motivação para escrever. Não que tenha deixado de apreciar essa arte enriquecedora, mas nesse site assumi um compromisso pessoal de tentar me ater ao máximo a assuntos ligados à natureza, e apesar de continuar tendo muito prazer em observar os pássaros, não me dediquei a essa atividade como gostaria nesse ano que já vem chegando ao fim.
Aproveito o ensejo para me desculpar com os leitores que fizeram comentários a matérias do site nos últimos meses, mas que não viram suas palavras aqui publicadas, pendentes que estavam de moderação. Informo que já estou providenciando sua publicação aqui, com os devidos comentários de minha parte.
Ocorre que, faz poucos dias, estive no Iate Clube do Rio de Janeiro a convite de amigos e ali presenciei uma cena relativamente comum para um observador de aves. A Caturrita (Myiopsitta monachus) cuja foto ilustra a matéria, única espécie de pscitacídeos que constrói seu próprio ninho (as demais costumam nidificar em ocos de árvores), pousou em um corrimão, possivelmente em busca de alimento. Esse singelo acontecimento, contudo, motivou-me não só a fazer uma foto daquele instante com o meu celular (sim, nessas horas a câmera fotográfica quase nunca está à mão), como também a escrever esse texto ora apresentado ao leitor, como uma forma de boas vindas aos novos assinantes e um modo de reencontro com os leitores antigos.
Se você é novo por aqui, pode acessar todas as matérias do site clicando na barra de "índice", localizada na parte superior da página, logo abaixo do cabeçalho do site. Saiba que escrevo para mim e para quem gosta de natureza, mas também para quem ama literatura e como uma forma de perpetuidade. Estou com Arthur Kostler (citado por Eduardo Giannetti em seu magnífico 'O Livro das Citações' - 2a. edição, pág. 74) quando diz que "A ambição de um autor deveria ser [...] trocar cem leitores contemporâneos por dez leitores daqui a dez anos, e por um leitor daqui a cem anos".
Se você gostar dos textos e quiser possuir uma cópia de uma coletânea deles em papel, seja para uso próprio ou para dar de presente nesse ano que se encerra, pode obtê-la aqui. Com isso auxiliará nos custeios anuais de manutenção do site (desde já o meu muito obrigado!).
Um Feliz Natal e um Próspero Ano Novo a todos os leitores do site!
*Publicado em 11/12/2023