Visita ao Parque Estadual da Pedra Branca (RJ)

Vista de dentro do Parque Estadual da Pedra Branca

Em mais um dos passeios de observação de aves organizados pelo Instituto Estadual do Ambiente (INEA) nas unidades de conservação estaduais do Rio de Janeiro, visitamos hoje o Parque Estadual da Pedra Branca (se você perdeu a primeira saída organizada pelo INEA, leia mais em Visita à Reserva Biológica de Guaratiba).

Localizado na zona oeste do Município do Rio de Janeiro, o Parque possui uma área aproximada de 12 mil hectares e 80 Km de perímetro, abrangendo 17 bairros (Jacarepaguá, Taquara, Camorim, Vargem Pequena, Vargem Grande, Recreio dos Bandeirantes, Grumari, Padre Miguel, Bangu, Senador Camará, Jardim Sulacap, Realengo, Santíssimo, Campo Grande, Senador Vasconcelos, Guaratiba e Barra de Guaratiba).

Seu pico mais elevado é o Pico da Pedra Branca, com 1.025m de altura, sendo o ponto mais alto do Município do Rio de Janeiro.

O Parque tem a finalidade de preservar e conservar a biodiversidade típica do bioma da Mata Atlântica, incluídos os mananciais hídricos ameaçados pela expansão urbana.

Chegamos ao Parque por volta das 6h30 e a lua recém-saída da sua fase cheia, com cerca de 86% de visibilidade, deu um espetáculo à parte, que não poderia deixar de ser registrado.


Lua com 86% de visibilidade às 6h30
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Diversamente do ecossistema da Reserva Biológica de Guaratiba, que é constituído de florestas de mangue, o Parque Estadual da Pedra Branca apresenta florestas úmidas secundárias (no passado as madeiras da região foram muito usadas para a produção de carvão) e o passeio é feito por meio de trilhas na mata.

Como é próprio nesses casos, há certo prejuízo aos registros fotográficos, pela falta de luminosidade ideal nas primeiras horas do dia, justamente quando as aves estão mais ativas. O prazer visual, assim, é muitas vezes transferido para o prazer sonoro da audição do canto das aves. O uso de um binóculo, por outro lado, passa a ser tão ou mais importante do que o uso da câmera fotográfica, enriquecendo bastante a observação dos hábitos das aves.

A luminosidade na mata densa dificulta o registro fotográfico, 
mas aumenta o prazer de ouvir o canto das aves
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As aves passam a ser registradas com mais facilidade apenas nas pequenas áreas abertas ao longo das trilhas. Na 'Trilha do Rio Grande' registramos o belo Gaturamo-verdadeiro (Euphonia violacea), de cores violeta e amarela, alimentando-se.


Gaturamo-verdadeiro (Euphonia violacea) e suas belas cores violeta e amarela
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Flagramos, ainda, após paciente espera, um Tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus) saindo de um ninho feito na cavidade de uma árvore, a cerca de 10 m do solo, como de costume (daí a importância ecológica da preservação das árvores, ainda que secas).


Tucano-de-bico-preto (Ramphastos vitellinus) em ninho na cavidade de uma árvore
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Várias outras aves foram avistadas ou ouvidas, sem a possibilidade de registro fotográfico, com destaque para a presença constante, ao longo de todo o passeio, do cuspidor-de-máscara-preta (Conopophaga melanops) e do arapaçu-verde (Sittasomus griseicapillus).

E você, já visitou o Parque Estadual da Pedra Branca pra passarinhar ou simplesmente contemplar a natureza? Sinta-se à vontade para dizer como foi.



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