Tom Jobim e os pássaros


2 MIN, DE LEITURA

O saudoso compositor e maestro Tom Jobim nunca escondeu a admiração pelos pássaros e a influência de seu canto na produção musical. Teria dito, certa vez, que música é o canto do passarinho melhorado, computadorizado, arranjado.

O Instituto Antônio Carlos Jobim, localizado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro, mantém uma exposição permanente do acervo do compositor, onde é possível ver, dentre outras preciosidades, objetos utilizados por observadores de aves, como um guia de identificação das espécies da avifauna mundial.

Na canção Borzeguim, que integra o álbum Passarim de 1987, Jobim nos remete a uma vida integrada à natureza, ao mesmo tempo em que alerta para a questão da sustentabilidade ambiental, como nos trechos: deixa o mato crescer em paz, escuta o vento cantando no arvoredo e gavião grande é bicho sem fronteira..."

Por esses motivos, eu tinha em mente escrever algumas linhas sobre o potencial de seu trabalho artístico para a conscientização ambiental. Em buscas sobre sua vida, contudo, deparei-me com um texto definitivo sobre Tom Jobim e sua obra, escrito por ninguém menos que o poeta Carlos Drummond de Andrade, por ocasião da celebração dos cinquenta anos do compositor, completados no dia 25 de janeiro de 1977.

O texto de Drummond é intitulado Som sobre Tom, e pode ser encontrado em publicações da Companhia das Letras, que detém os direitos autorais sobre a obra de Drummond desde 2012.

Ao ler as primeiras palavras de Drummond, logo concluí que deveria encerrar minhas pesquisas por ali.


Por Cristiano Pedras

(publicado em 07/05/2018)



Cadastre-se

* preenchimento obrigatório

5 comentários:

  1. Caro Cristiano, minha curiosidade, que me levou a te contactar é: qual o significado da palavra ou expressão "Borzeguim" no contexto da música de Tom? Pois, só encontrei nos dicionários como sendo uma botina, um calçado. Algum passarinho ou aves teria esse nome popular regional em terras fluminenses?

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Concordo com a versão do Erick Duque, logo abaixo, Roberto. Obrigado por seu comentário.

      Excluir
  2. Eu tenho a mesma dúvida. Uma ideia que pensei é que a bota Borzeguim pode ser uma analogia sobre caçador, alguém que destrói a natureza ou algo assim dentro do contexto da música.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Bem pertinente sua observação, Erick. A música não deixa de pontuar o prejuízo causado à natureza pelas atividades bandeirantes.

      Excluir
    2. Acho que é exatamente esta a ideia.

      Excluir